Façamos de conta que eu sou um pescador, no dizer de um Espírito amigo.  Hei de enviar-te sempre o resultado da pescaria, e examinarás o material, antes de ir ao mercado, não é? (do livro “Testemunho de Chico Xavier” – Suely Caldas Schubert)

O caminho do Senhor, entre veredas, vales e montanhas, para alcançar o coração do homem, teve seu preparo antes que o mundo fosse. Jesus elegeu seus auxiliares, Espíritos das classes superiores, para apascentar seus irmãos na direção de sua humanidade, e ao longo do trajeto eles dariam assistência purificadora, a eliminar toda nódoa de nossas almas, direcioná-las ao estado puro, onde estaremos definitivamente aos trabalhos dignificados em Deus.

Afetaria toda a ordem natural do equilíbrio celeste, nas eternas e ininterruptas festividades de ações Divinas, se não houvesse o recurso de retornarmos à vida corporal, o nascer da água, na condição de humanos, e eliminarmos os últimos traços de impurezas primitivas.

Extraordinária é a programação do Cristo, que tudo sabe e conhece as exatas necessidades de nossas almas, para que, quando na Terra, já despertas, percebêssemos a verdadeira vida, a do Espírito, cuja realidade é nos mostrada pelos surgimentos desses Espíritos puros, nomeados antes mesmo da formação deste mundo e que, por Jesus e por nós, se submetem a encarnações pesadas e sucessivas no tempo, auxiliando no avanço da humanidade.

Raramente, mas costuma acontecer, que esses Espíritos encarnam uma ou duas vezes, na obscuridade, para exercer compromissos menores como a de estruturar uma família ou uma comunidade, sem deles tomarmos conhecimento, simplesmente nas necessidades de ajustar suas almas das fortes vibrações mentais e psíquicas quando encarnados cumprindo as missões programadas.

Espíritos bondosos, os eleitos do Senhor, as boas sementes, numa quantidade específica, selecionados para realizarem os compromissos, quando encarnados, exercem o papel que a cada um é dado, de acordo com as necessidades da época. A natureza íntima de cada missionário reflete nas consciências de todos, num trabalho demorado, um sentimento de amor a Deus, amor ao próximo, unindo famílias numa só família: a humanidade do Cristo.

O Cristo de Deus elegeu-os, antes mesmo da formação deste mundo, para auxiliar nesta jornada humana.

De natureza sideral, Jesus garante acertadamente conhecer a essência, a habilidade de cada um destes Espíritos, das primeiras horas, chamados para reforçar a crença em Deus aos Irmãos nesta etapa reencarnatória, indicando, por palavras e por meio de ações conjugadas à natureza da missão, ser necessário a supressão dos componentes herdados de nossas vidas primárias.

Dentre eles, Jesus contou com quatro Espíritos, das regiões celestes, puros, que ao longo da história da humanidade vêm a encarnar, excepcionalmente, permitido por Deus, em tempos preditos, no cumprimento das escrituras, e aplicar novas instruções endireitando os caminhos, conduzir o ser humano a Deus: Abraão, Isaac, Jacó e Davi. Deixa claro nas letras proféticas de Moisés o caminho a percorrer e o resultado a alcançar.

Dentre estes, Abraão é o Espírito que se destaca como líder familiar, um pai zeloso, obediente às Leis Divinas, que ajunta as famílias ao redor de si. Vem se destacando conforme as Escrituras:

2 Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. 3… e em ti serão benditas todas as famílias da terra” GÊNESIS 12

Os caminhos percorridos até os dias de hoje por essa alma grandiosa e bondosa, por meio de encarnações providenciais, vão perceber que em cada passagem terrena as profecias lhe revelam.

O Espírito de Abraão vem singrando o espaço, encarnando-se necessariamente no tempo, onde deverá ser a balize, sinalizando os rumos de sua missão, pela dedicação e simplicidade, ser o pai de todas as famílias por meio da união paternal.

Hoje, o Espírito Santo já conosco, revela por meio dos profetas modernos, ter sido esse Espírito Abraão, na grande obediência a Deus, instaurou o Judaísmo; Salomão, em obediência a Deus pelas inspirações, manteve um reinado próspero, benevolente, unindo povos de várias etnias, crenças, religiões e reinados, expandindo o comércio marítimo; Pedro, a pedra fundamental do Cristianismo, família a expandir sob a Luz do Evangelho e Maomé, a família árabe ao Islamismo.

Uma confirmação extraordinária: Jesus indicou as próximas atuações deste patriarcal Espírito: “disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe ele: Apascenta os meus cordeiros”.

A onisciência do Cristo nos indica que seria fácil para nós identificarmos Pedro em suas próximas missões.

Nos costumes do povo hebreu, segundo a árvore genealógica nas Escrituras, Jesus é neto de Abraão, descendente de Isaque, e que os árabes, netos de Abraão, são descendentes de Ismael, irmão de Isaque.

Sendo então, Ismael, tio de Jesus, Isaque, tio dos árabes, e pela consanguinidade, o Primogênito da família, Jesus, o Cordeiro, afirma serem eles, seus primos, os cordeiros a serem apascentados. Uma grande família, esse grande Espírito juntou.

Podemos afirmar que a segunda profecia se realizou: “Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe ele: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe ele: “Apascenta as minhas ovelhas”.

E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja…… E eu te darei as chaves do reino dos céus.

Sob a sua mediunidade cristalina, o nosso Irmão Chico Xavier, por autorização do Cristo, trouxe e distribuiu as Chaves do Reino a todos quantos quisessem, e alcançará a humanidade, a grande Família Espírita, despertada pela docilidade desse Irmão e suas mensagens vindas dos céus pelo Espírito Santo, confirmando a promessa de Jesus.

As Chaves do Reino são os instrumentos puramente celestes, vindos da espiritualidade. Médiuns dedicados, todos, recebem e oferecem essa concessão divina, as Chaves do Reino, às almas encarnadas a estarem convictas de que, ao voltar para a vida de Espírito, o Mundo Real estará de Portas Abertas, pela compreensão da felicidade que nos espera.

O Irmão Chico Xavier recebeu as Chaves do Reino e entregou caridosamente a nós, para facilitar o entendimento da vida verdadeira que o Cristo quer que conheçamos.

Disse-lhe uma terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me?…

…Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas”.

Onde esta estrela tornar a brilhar na Terra, no terceiro compromisso indicado por Jesus, sua presença será uma bênção para todas as nações. As Chaves do Reino serão dadas pela voz direta dessa boa semente que, na humildade e simplicidade, filtrará, pela sua mediunidade sublimada, as falas dos Anjos, ligando as ovelhas do Divino Pastor aos Céus, um mundo de paz e compreensão entre as famílias, cheio de esperança nas moradas do Reino.

E a Humanidade do Divino Pastor caminhará na estrada do entendimento fraterno, ligada aos Céus, com os nossos Irmãos Espíritos, o Espírito Santo.

“5 Então o levou (Abraão) para fora, e disse: Olha agora para o céu, e conta as estrelas, se as podes contar; e acrescentou-lhe: Assim será a tua descendência” GÊNESIS 15.

Nas Escrituras Sagradas se encontram muitas notícias dadas aos Profetas, os médiuns de então, pelo Espírito Santo, por ordem do Senhor, para serem realizadas no tempo certo, num futuro distante, quando a humanidade já poderá compreender melhor as informações da vida de Espírito, da vida real, deixando claramente que, evoluindo o Espírito, evolui o Homem.

Dos Espíritos eleitos que o Senhor selecionou para auxiliar nessa jornada humana, temos quatro que no tempo certo vem encarnando – “Endireitar as Veredas do Senhor”: Abraão, Isaque, Jacó e Davi.

A promessa que o Senhor nos passa por meio das Escrituras nos indica que o Espírito de Abraão estaria sempre agrupando famílias para a posteridade, a se tornarem uma grande família.

Os profetas da atualidade nos revelam essas verdades.