Concordância Universal

…e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará – NESE 3:17.

À chegada do Espírito Santo no século XIX, descortinando a realidade do mundo espiritual, sob a direção do Espírito da Verdade, por meio de ações mediúnicas, único recurso para se revelar as coisas até então obscurecidas para o entendimento real de nossa verdadeira vida, a do Espírito.

As Escrituras Sagradas e o Evangelho de Jesus são as cartilhas que contêm todas as informações reais de que precisamos estudá-las para o entendimento essencial de nossas vidas. Destas riquezas, podemos tirar as coisas velhas e as coisas novas, compreendermos a verdadeira existência e percebermos a grandiosidade do Cristo de levar-nos à Luz.

Nós, Espíritos, tivemos que passar pelas vias da matéria, encarnando-nos como humanos sob uma autêntica orientação do Mundo Espiritual, ou seja, Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as causas primárias; Jesus, o Cristo, criador e governador deste planeta com seus exércitos de Espíritos superiores, o Espírito Santo.

Allan Kardec coordenou todas essas manifestações celestes recebidas por inúmeros sensitivos, os médiuns, Espíritos que encarnaram-se e continuam encarnando, tal como os Profetas das letras sagradas, trazendo informações precisas para a compreensão do Reino dos Céus e de Deus, sob a coordenação do Espírito da Verdade.

O envelhecimento das letras, somado às nossas ideias e pensamentos, inadaptáveis às de um povo distante há mais de três milênios, nos leva a reproduzir suas narrativas, segundo nossas conveniências religiosas, perpetuando-as nas tradições, a ponto de serem rejeitadas por grande parte da humanidade de hoje, mais desenvolvida intelectualmente, percebe-se nas interpretações das Letras Sagradas algo ingenuamente imaginoso.

É quase impossível compreendermos o passado na sua verdadeira acepção, sem atentarmos pela compreensão dos padrões de vida daquela época, concordância esta que facilita o entendimento dos escritos reveladores de características orientais.

O primeiro quesito que nos põe sintonizados à direção certeira, indicado pelas revelações e profecias nas Escrituras Sagradas, para alcançar o fim por elas narrado, é conhecermos o condutor de nossa humanidade, Moisés, designado pelo Cristo Jesus, antes mesmo da formação deste mundo, a ser o Anjo a nos reconduzir ao Paraíso de onde tivemos que nos afastar, temporariamente, completar nosso aperfeiçoamento, alcançar as condições de almas puras.

Moisés, Espírito Superior, das classes mais elevadas, das quais o Cristo distinguiu simbolicamente, como sendo as que conquistaram outros cinco talentos, perfazendo-se dez, dando a ele o talento do trabalhador que o enterrou, e por isso enviado para as trevas exteriores, nosso mundo, passando a ser o conhecedor de todas as verdades de nossas vidas. Recebeu ordem de ser ele o responsável por nós, espíritos, necessitados de passarmos por provas terrenas, identificando-o como a voz do que clama no deserto, preparar os caminhos, endireitar as veredas do Senhor, que nos conduzem ao bem.

Sua missão aqui na Terra, determinada pelo Cristo, é deixar registrado todo o trajeto de nossas almas necessitadas de eliminar alguns traços de desajustes íntimos, herdados de encarnações primitivas, condições naturais de muitas que, mesmo com avançados recursos adquiridos pelo desenvolvimento da consciência, por largos espaços de tempo após o despertar para a vida de espírito formado, ter-se tornado imagens e semelhanças do Onipotente Criador das vidas no Universo, serem necessárias passarmos por mais um ciclo encarnatório. Assim é com todas as humanidades neste Universo Infinito de Deus.

Segundo, é estabelecermos um raciocínio de conformidade com as crenças de um povo com ideias e costumes orientais. Os judeus, em suas fases de progresso, têm como princípio, as que os levaram a crer, ser sua nação originária, provinda do mundo de Deus. Entendeu Moisés que dali, depois de serem avisados dos males que teriam de vencer, segundo os costumes, sua Nação caminharia nos moldes: patriarcas, filhos e filhas, até o ponto de onde se encontravam, após a libertação, dando-se por satisfeitos de que assim se deu, começando pelas remotas terras demarcadas por ele, indicando ser dali o possível surgimento de seus ancestrais.

E, terceiro, reconhecermos que adulteramos as letras sagradas, uma vez apossados de seus escritos, passamos a traduzi-las de conformidade com as nossas ideias ocidentais, cheias de inovações que diferem em muito com as que estão alojadas nas almas daquele povo, por milênios. Uma nação monoteísta, tendo em Deus a sua origem, ponto de partida de suas vidas, assim foi revelada, expulsa do Paraíso, pois sofreu a morte do Espírito por ter comido do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Passamos a viver na terra.

Moisés tinha a compreensão de que toda a humanidade era composta por almas que buscam eliminar traços negativos, incompatíveis com as vidas vividas em harmonia, presentes no mundo espiritual. Com essa percepção, Moisés trouxe uma revelação significativa não apenas para o contentamento de seu povo na época, mas também para o entendimento das gerações futuras.

Guiado neste propósito, pelos Espíritos que o assistiam, Moisés nos orientou a compreender nossas origens, de onde viemos e para onde estamos indo no contexto da eternidade. Essa compreensão é fundamental para nossa jornada espiritual.

Revelou a vinda nossa de Espíritos, com muita naturalidade e com toda seriedade que requeria o caso em toda extensão de sua consagrada tarefa. O mundo do Cristo falava com ele, na terra, sem nenhum empecilho.

Adão e Eva foram os protagonistas que inundaram as escrituras sagradas de falsas interpretações, levando o condutor de nossa humanidade a ser considerado espirituoso, como se ele tivesse sido eleito por votos, e em sua gestão aplicar vários recursos na tentativa de serem suas ideias aceitas, enganar e levar o seu povo sob suposições ingênuas, como fazemos hoje ao tentarmos decifrar suas anotações, interpoladas.

Uma nação que, apesar de sofrer, há quatrocentos anos, pressões místicas obscuras às suas crenças nativas, descendente de um Deus poderoso, já com uma fé um tanto degenerada, via em Moisés o grande profeta que lutou com Deus, o enviado que tirou seu povo sofrido do cativeiro, revelando a sua origem verdadeiramente provinda das terras do paraíso, as moradas celestes do Senhor da Vida. Percebe-se também ser visivelmente o princípio da humanidade, ajustado aos moldes de suas narrativas.

Um Anjo que se sacrifica, sujeitando-se à encarnação, utiliza-se de um corpo de barro, tornando-se humano, para endireitar as veredas que levam nossas almas ao Senhor, tal como está acontecendo com a humanidade, e continuará a acontecer segundo suas revelações, até a consumação dos séculos, com os auxílios dos Espíritos e de Deus, não escreveria coisas enigmáticas, códigos, como a confundir seu povo.

Israel se viu encantado ao confirmar sua origem pelas revelações divinas por quem o libertou da vida cativa. Sua nação veio das Plagas Celestiais, cujos sofrimentos vivenciados justificavam a vinda para a Terra a serem mortos de espíritos por mostrar negligências às ordens de Deus.

O fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal é o termo que Moisés usou para exprimir ao seu povo o motivo de ser expulso, sofrer a morte espiritual, consequentemente, a necessidade de crer na sua volta, ressuscitar do seu corpo considerado sepulcro “do pó da terra veio, do pó voltará”, a ter o corpo celeste vivo no Paraíso, no mundo dos Espíritos.

Deus, sendo justamente bom e soberano, conhecedor do bem e do mal, a reencarnação, aplica este recurso às almas que já conquistaram o livre arbítrio, mas ainda necessitam de ajustes morais para alcançarem a pureza. Dessa forma, elas podem completar o ciclo de crescimento e finalmente ocupar seus lugares na semelhança perfeita e laboriosa do Criador, seguindo os desígnios divinos.

No princípio criou Deus os céus e a terra. GÊNESE 1:1

Neste primeiro capítulo, Moisés faz uma revelação completa sobre a criação do mundo e de tudo o que nele existe. São descritos os períodos geológicos de acordo com as descobertas científicas, o surgimento das plantas e animais conforme suas espécies ao redor do mundo, assim como a criação do homem, o ser humano, a quem foram atribuídos nomes para todas as plantas e animais.

Sob a orientação de Espíritos Superiores, Moisés recebeu auxílio para desvendar a realidade da vida de espírito, que é a vida real na eternidade, onde todos nós somos esperados para ocuparmos nossas verdadeiras posições no banquete celeste em trabalhos sublimes, por isso o tratamento na primeira pessoa do plural neste relacionamento.

Deus se dirigiu ao Cristo e ao Espírito Santo, seus exércitos, dizendo: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Isso claramente se refere a formar o homem sobre o espírito a viver como humanidade na terra nos moldes das vidas no espaço, a alcançar o estado de pureza, ser a semelhança dos que assim são na vida espiritual, para o retorno às suas moradas, “o Paraíso”. Essa é a finalidade única apontada nas Escrituras Sagradas.

Todos os Espíritos são imagens de Deus, mas nem todos são semelhantes, pois somente aqueles que conquistaram o livre arbítrio possuem a vontade e uma individualidade consciente.

Nosso grande profeta, sob a orientação dos Espíritos Superiores, revela de forma precisa quem foi expulso do paraíso. A palavra “Adam”DNP, em seu real significado nas Escrituras, de acordo com pesquisas confiáveis, significa humanidade, homem, gente, sociedade, etc. A palavra “Havah”DNP, indica aquela que vive, mãe da vida, mãe de todos os seres viventes, no paraíso, obviamente. De acordo com a compreensão daquele povo, a revelação foi claramente certeira: Deus chamou humanidade “aquela que vive” no paraíso, mãe de todos os seres viventes, caracterizando ser o seu povo, o princípio.

Moisés, por meio das visões que lhe foram mostradas, testemunhou o surgimento da humanidade de acordo com as Leis Divinas, transmitindo ao seu povo o que ele pôde compreender melhor, ao afirmar que:

“Deus criou homem e mulher, e os chamou de homem.”

…Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas, e fechou a carne em seu lugar; …e da costela que o senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem.   … Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne… GÊNESE 2:14 15

Por meio da revelação espírita prometida por Jesus, hoje podemos compreender, através dos esclarecimentos dos próprios Espíritos, que nós, enquanto espíritos, fomos trazidos à Terra em um estado de profundo sono. Essa realidade confirma as Escrituras, ao mostrar a formação dos corpos ao longo de milhões de séculos. Nesse período, éramos todos iguais, seres primitivos, espécie única, com capacidade de reprodução autônoma. O desenvolvimento específico do sexo em cada ser era influenciado pelos sentimentos de cada Espírito, vibrações e sensações vividas, assim como pelas seleções naturais dos gostos. Isso ativava ou inibia os hormônios correspondentes, resultando no desenvolvimento de seres primitivos masculinos e femininos. Esses princípios também se aplicam aos animais.

Suas palavras, distantes nos milênios de sombras e perturbações, têm todo vigor de revelações científicas tidas como sinônimas das que hoje, com a humanidade mais desenvolvida, o mesmo Espírito Santo que assistiu Moisés, as traduz para nós.

Forçosamente, não tem como não crer na intromissão das duas figuras túrbidas na história que foram apresentadas no intuito de mesclar as ideias de reencarnação contidas nos textos de Moisés, Lei Natural e Divina, em revelações transcendentes, a estabelecerem rotas seguras e verdadeiras para nossas vidas, sendo elas, itens complicadores e obscurecedores do santo entendimento, por séculos.

Este povo, a Nação Judia, trouxe o Céu até nós pelas vias da mediunidade, a salvação apontada por Jesus quando, junto ao poço de Jacó, num diálogo incomparável de amor e simplicidade com a mulher samaritana, afirmou ser por esse canal sagrado que Deus se alojará no coração da humanidade, e Ele será amado e adorado, ante o altar da consciência de cada um de seus filhos, onde estiverem.

Porei inimizade entre ti(serpente) e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. GÊNESE 3:15

Moisés, de extraordinário poder psíquico, capacitado a realizar inúmeros fenômenos espíritas, recebe todas as orientações da espiritualidade, em nome de Deus, projeta para o futuro como será nossa humanidade.

Conhecedor dos motivos de nossa estada na terra, como humanos, a eliminar o mal que ainda carregamos, justamente a serpente que mora em nosso ser, os vícios morais, para alcançarmos o bem esperado por Deus, faz então uma revelação de como se comportará a humanidade.

Eis o mal a conhecer, os vícios morais estão em nossas cabeças. O orgulho, o egoísmo, a vaidade, a inveja, o despeito e tantos outros, devendo nós combatê-los ao longo da existência terrena e deles nos livrarmos, depurar nossas almas, estabelecer o bem em nossas condutas definitivamente, eis a condição para voltarmos às moradas eternas.

Esses vícios morais despertados em nossas cabeças têm levado a humanidade a gritantes dores a ferir o calcanhar – vinganças, perseguições, assassinatos, guerras, guerras santas, santa inquisição, infalibilidade, traições, mentiras, massacres, exclusivismo religioso…, ais sem fim.

E o exemplo não foi outro melhor senão o de Caim e Abel, cujos nomes foram criados propositalmente para ilustrar os males que o futuro iria se comportar: sopro, frágil, efêmero, é o significado do nome AbelDNP em hebraico; lança, obter, possessão, o de CaimDNP, há três mil e trezentos anos.

Abel chega primeiro diante do Senhor e oferece o primogênito das suas ovelhas, junto com sua melhor porção de gordura. O Senhor aceita essa oferta. Ocorre que Caim, ao presenciar isso, sente despertar em sua mente sentimentos de inveja e ressentimento, assim como a influência negativa da serpente. Ele acreditava que tanto o Senhor quanto Abel estavam cientes da importância da primogenitura dentro da lei judaica. Esse conceito estabelecia que o filho mais velho da família tinha direitos e privilégios em todos os aspectos, e qualquer transgressão era penalizada com a morte. Caim esperava que o Senhor desse uma advertência séria a Abel e o atendesse em primeiro lugar, demonstrando assim sua posição de primazia.

Enquanto perdurarem em nossas mentes, os ressentimentos, o pecado jaz à porta, e o Senhor nos aconselha: tens a livre escolha, convém dominá-los.

Moisés nos apresenta um Senhor compassível, que não participa, de maneira nenhuma, de nossos conceitos provocados pela serpente, vícios alojados em nossas almas, aconselhou Caim a abandonar a ideia. Em vão, a “Serpente fere o calcanhar”, matando Abel, cumprindo a lei de seu povo.

Cabe ao Senhor, único e eterno juiz de nossas vidas, para a redenção de nossas almas, aplicar suas Leis Redentoras, sinalizando, evidentemente, para a humanidade, o quanto é doloroso revidar o mal que, vingando, as dores se multiplicarão.

Setenta e sete vezes sete, a maldição cairá àqueles que vingam.

O profeta da verdade nos deixa uma grande lição da bondade divina. Conhecedor da misericordiosidade de nosso Deus, que nos adverte: “A vingança é um ato de extrema insubordinação para com Ele, o Ser Supremo, fazendo justiça com as próprias mãos, ditando normas e leis de nossos corações atormentados, ignorando o Seu poder”.

À justiça, compete tão somente a Ele, que saberá corrigir seus filhos, na mais perfeita equidade de seu Amor Paternal.

Hoje a maldição corre solta, todos os que, crentes em um Deus único, misericordioso, vingam gerando vinganças sem fim, ultrapassando assim, em muito, as setenta e sete vezes. Ainda apreciamos o fruto do conhecimento do mal e do bem, distante da ressurreição aguardada, o nascer de novo, por um Pai bondoso e paciente.

E à mulher: Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará” NESE 3:16

Fatídica profecia, já de muito tempo efetivada, aguardando reconhecimento e reparação. Hoje em dia, a humanidade, “Adam”, o homem, conta com quase oito bilhões de filhos e filhas.

A nação, aquela que vive, mãe de todos os seres viventes expulsos do paraíso, a mulher. Se dedicou incansavelmente, envolvendo-se em atos heroicos, recebendo revelações celestiais por meio da mediunidade. Manteve constantemente a fé, na existência do Deus Eterno e no amor ao próximo, além de trazer a compreensão das vidas no mundo espiritual, esperança de um mundo melhor; proclama a vinda do Filho do Homem, pela boca dos Profetas, juntamente com toda a Lei de amor; o Decálogo, uma fonte de constante inspiração, em atitudes honestas e honradas, na obediência a Deus, em meio aos desafios e dificuldades desde o início dos tempos.

Um diário milenar de advertências, descobrindo e projetando a humanidade no mundo, com referências divinas, de promessas e confirmações de nossas vidas no Além, após termos conhecido todo o mal e dele sairmos vitoriosos no bem, com a alma purificada, imagem e semelhança das vidas que nos esperam no Paraíso, mundo espiritual e eterno.

Um documento incomparável, sagrado, autêntico e revelador da realidade divina e paternal, agora em nossas mãos, de quem julgamos no direito de o interpretar e divulgar segundo as ideias ocidentais, uma cultura que em momento algum participou de seus costumes e tradições, condicionando-o a ser um instrumento simplório, recheado de interpretações litúrgicas e adendos eclesiásticos, aliás, muito úteis e necessários foram nos momentos de lutas, para o assentamento das ideias cristãs em nossas almas, hoje representadas por inúmeros seguimentos religiosos, mas que o Espírito Santo, pela Ciência Espírita, já conosco, conclama-nos a estudarmos as Escrituras Sagradas, e o Evangelho de Jesus, adotando a reencarnação, Lei Natural, para compreendermos com facilidade, o significado real das ideias divinas, enquanto aguardamos autênticas traduções, segundo o espírito, por autênticos missionários comprometidos com o Cristo.

… como está escrito no livro das palavras do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas. Todo vale se encherá, e se abaixará todo monte e outeiro; o que é tortuoso se endireitará, e os caminhos escabrosos se aplanarão; 6 e toda a carne verá a salvação de Deus. Lucas 3:4-5

Apresentando João Batista, a Voz do que clama no deserto, Jesus confirma a missão deste Espírito de ser o que vem encarnando de tempos em tempos, endireitando os caminhos, reconduzindo nossas almas às moradas celestes, de onde sofremos a morte de espírito.

A espiritualidade revela-nos ser ele, Jacó, o condutor de nossos espíritos encarnados em corpos perecíveis, apresentado nas Escrituras pelo Senhor da Vida, a ter uma descendência comparada à “contagem do pó da terra”, a Humanidade. Ordenou-lhe a ter um segundo nome, Israel, a identificá-lo como Moisés e Elias, nas veredas onde este grande Espírito, encarnado, estaria reconduzindo um povo que muito se desvirtuar-se-ia crenças pagãs por séculos.

O condutor de nossas vidas conclui o ciclo de nossa purificação pela lei da reencarnação, esclarecendo precisamente que, Deus, certificando-se de que a humanidade, uma vez conhecedora do mal e do bem, se elegerá a se alimentar somente pelo fruto da árvore-da-vida, e viver eternamente no mundo espiritual, no paraíso, puros.

E Deus falou “o homem agora conhece o bem e o mal, ao retornar, possivelmente ele estenderá a mão para colher o fruto da árvore-da-vida a viver eternamente no paraíso, coloquemos então Querubins e uma espada flamejante para que guarde a entrada”, deixando perceber que o homem, instrumento do espírito já purificado, não entre, porque do pó veio e do pó voltará, logo, é livre esse caminho somente para os corpos celestes, os viventes, segundo os Hebreus ou, para os Espíritos vivificados, puros, segundo a Ciência Espírita, à Luz do Evangelho do Cristo.

Esse ser angelical, Espírito das altas esferas, Jesus o trouxe consigo, tão somente para nos apresentar, ser ele o responsável para guiar nossas almas necessitadas de correção moral, desde o princípio. João, o Batista, exerceu o cargo com firmeza, característica nata de quem, em sua alma, se preocupa com a remissão dos pecados de cada irmão no mundo.

Moisés, o Espírito que personifica a Verdade de nossas vidas cativas, é o irmão designado para nos conduzir em direção à imagem e semelhança das almas puras que habitam no Céu. É nesse lugar que ele nos aguarda, sob a proteção amorosa do Cristo e de um Pai benevolente, o nosso bom Deus.