16 Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; 17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. GÊNESE 2 |
Desde o momento em que Moisés revelou a origem de seu povo, expulso do paraíso, a viverem em corpos de barro, de carne, como humanos, na terra, em consequência da morte do espírito, por terem comido do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, os Hebreus têm como crença inviolável de se considerarem os mortos de espíritos.
Fundada nos tempos de Moisés, orientados desde aquela época, mil trezentos anos antes da chegada do Cristo, a zelar pelo seu povo, na necessidade de resgatar na luta contra o pecado, e voltar ao paraíso, não como espírito e sim como sendo eles, de corpos idênticos aos que tinham, corpos celestes. A proibição de comunicarem-se com os Espíritos, fez com que eles se distanciassem largamente da ideia de terem o mesmo conceito.
A expressão, vivo, consideravam eles, ser do paraíso, ter um corpo originário, que não fosse de carne. Por muito tempo entenderam eles que resgatando do pecado original, eles voltariam ao paraíso, de onde descendiam, com seus corpos incorruptíveis.
Jesus usava as expressões da época, e nada do que dizia era algo criado por ele, ao dizer para Nicodemos, ser necessário nascer de novo, naturalmente dizia deixar o corpo do pecado e voltar às origens, isto é, ter um corpo natural, de uso no paraíso, onde o Cristo reforçava dizendo ser, veste de bodas, túnica nupcial, hoje para nós, perispírito, corpo astral.
Tu és Mestre de Israel, e não sabes disso? Alude Jesus, ter eles, os Fariseus, perdido os vínculos com a natureza de suas crenças, por orgulho, interpolando-as segundo suas ideias presunçosas, distanciando das orientações básicas, segundo Moisés. Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios, descreve muito bem o que os Fariseus se perderam em conjecturas políticas, enquanto que grande parte da população interpretava corretamenteATO.
O homem rico que pediu a Abraão, que enviasse para convencer seus irmãos, um dos mortos, indicava ele, ser exclusivamente um humano: um Rabino, ou um Sacerdote. Abraão esclarece: eles não escutam nem mesmo Moisés e as Escrituras, como acreditariam se um dos mortos ressuscitasse, tivesse nascido para a vida, no paraíso, como os anjos junto à mesa de Abraão, Isaque, Jacó, ou seja, com corpo celeste, viesse para convencê-los.
O Filho do Homem, Jesus de Nazaré, afirmava a todos não pertencer ao mundo dos mortos, fazer uso do seu corpo como lhe aprouvesse, ou seja, deixar a vida e retomá-la, por sua própria vontade, desfazendo-se do corpo, desaparecendo e, refazendo-se, tornando-o visível, que, para aquela época, entendiam eles, ser alguém do paraíso, pertencer ao mundo dos vivos.
Pedro, senhor de uma mediunidade cristalina, destacada pelo próprio Mestre, admirava ao notar em Jesus, não ser um corpo carnal, e sim dos usados nas moradas celestes, segundo ao entendimento da época: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus”.
“Então mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era Jesus, o Cristo, antes de subir ao Céu”.
Para o Príncipe dos Judeus, para os Sacerdotes, era blasfema, pecado capital, dizer ser de natureza celeste, ou seja ter um corpo que somente aos que têm nas Terras do Paraíso, livres, alimentando dos frutos da vida, herdeiro da vida eterna, ser filho de Deus vivo, mas, crendo ser ele, um mortal, um humano, tendo um corpo de barro. “Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu?” João 6:42
Única prova encontrada para condenar Jesus, o Cristo, à crucificação, livrar-se da grande preocupação que sentiam eles, ao perceber que o Divino Pastor despertava naquele povo sofrido, a esperança de, justamente alcançarem o almejado Paraíso, pelas suas doces consolações.
31 E acerca da ressurreição dos mortos, não lestes o que Deus vos declarou, dizendo: 32 Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos. Jesus – Mateus 22
Jesus declara não ser um morto, encerrado em um sepulcro de carne, e sim um vivente do Paraíso usando um corpo celeste, se amoldando em todas as fases de sua visita à terra, para que as profecias se cumprissem e fosse apresentadas todas as qualidades de um Tutor, uma Inteligência Divina, a planejar e executar seu Plano desde o princípio, com seus Anjos, os Apóstolos, eleitos antes que o mundo fosse, a contribuir na face da Terra, encarnados, na condição de mortos, exercendo as tarefas árduas de endireitar as veredas, levar a um final feliz, onde todos se esforçarão para entrar no Reino Celeste, o Paraíso, o Mundo Espiritual, até então pouco compreendido.