Não tomarás em vão o nome do Eterno, do Senhor teu Deus; porquanto o Eterno, o Senhor, não terá por inocente aquele que em vão houver tomado o seu nome.
Este mandamento tem sido, em geral, afastado do seu objetivo. Ele se liga aos dois primeiros, dos quais é corolário.
Não devendo perder de vista a unidade de Deus, não devendo prosternar-se diante de nenhuma imagem para adorá-la, também não devia o homem dar o título de Deus, nem atribuir seu poder, a nenhuma criatura, a nenhuma imitação. Por extensão, não deve tampouco usar mal do nome do Senhor, desde que esse nome lhe desperta um pensamento sério. Igualmente, se não ainda mais, com referência ao Criador de todas as coisas é que se entende a recomendação de Jesus aos homens para que de nenhuma forma jurassem: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; “nem pela terra, porque lhe serve de escabelo para os pés.”
Cuidai, pois, de suprimir da vossa linguagem esses juramentos feitos “diante de Deus, à face do céu”, ou mediante qualquer outra expressão exagerada, que todas quase sempre ocultam, mesmo àquele que as emprega, a pouca confiança que nelas ele próprio deposita. Esforçai-vos por encaminhar Sempre o vosso pensamento para o Senhor, quando o seu nome invocardes. Constitui um abuso fazê-lo em circunstâncias triviais ou culposas.
A invocação do nome de Deus, feita com o coração cheio de sinceridade, atrai, não o próprio Deus à vossa presença, porquanto muito longe ainda está o planeta, terreno do ponto que há de alcançar para que isso se dê, mas o amparo dos Espíritos superiores, dos bons Espíritos que o pai de família investiu no governo de seus filhos e que lhes transmitem suas vontades, até que, pela purificação e pelo progresso, a inteligência se lhes ache bastante desenvolvida para não mais necessitarem de intermediários.
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