:João 10 16 Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém conduzir estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um pastor – Jesus

Quando um Espírito, sumamente perfeito, torna-se um Tutor, designado por Deus, a iniciar a sua grande missão, juntamente com falanges de Almas que cresceram juntas, colher nas profundezas celestes, os princípios espirituais semeados pelo Criador, ele já se encontra então, num grau elevado de conhecimento, à altura de cumprir a ordem para a grande jornada: levar essas criaturinhas, células celestes, à vida de espíritos puros.

Do átomo ao arcanjo, os Espíritos superiores nos informam ser a carreira dessas vidas para alcançar a perfeição.

Que são essas vidas, senão produtos divinos que emana de Deus, fadadas a serem imagem e semelhança de quem as gerou: Espírito e Consciência, que quando chegarem ao grau máximo da escala, tornam-se perfeitas com todas as qualidades do Criador em contínuo crescimento, caminhando para o Incomensurável Saber de Sua Ciência Universal, expansiva ao Infinito.

E o começo, Jesus nos revela por uma singela parábola, quando de sua doce expressão diz: E então, naquele dia, antes que venha o Filho do Homem, o Reino dos Céus será semelhante a dez virgens que,
tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo.

Cinco delas que continham em suas lâmpadas o azeite, entraram nas bodas e fechou-se a porta, significando que elas estavam aptas a desenvolverem em si, o livre arbítrio, instruídas, à direção do Cristo, por bondosas e elevadas almas instrutoras, às bodas celestes, tornando-se as primogênitas.

Estas, os princípios inteligentes, que independe da matéria, se desenvolveram pelo lado natural da existência, sem genealogia, nasceram para a vida de espírito, pois já estavam aptas para a conquista da consciênciaOLE.

As que tiveram que retornar para comprar o azeite, voltaram já com o azeite em suas lâmpadas, alcançaram o estado inteligente, prontas para as nupcias.

Estas, células celestes, tiveram suas conquistas sob as mesmas assistências de Espíritos superiores a tornarem-se conscientes dos compromissos futuros, pelas vias da matéria.

O tempo é incomensurável para que ambas cheguem à perfeição. Os ensinos, recursos consagrados a elas, foram divinos, com esmero e dedicação de quem tem os mesmos traços de bondade e sabedoria do Pai.

O nosso Jesus singrou esse espaço-tempo na condição de Bom Pastor, auxiliado pelas Almas irmãs que tiveram seus crescimentos juntos, a criar-nos com destreza sideral, e já nos indica o nosso destino: “Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco”, nossas irmãs que conquistaram o livre arbítrio pelas vias da espiritualidade.

Seus discursos, suas parábolas, são verdadeiramente revelações, que sob o véu da letra, a realidade aos poucos vamos percebendo, reconhecendo a importância de nossa participação na existência Divina. Tudo vem despontando como num conto mágico de onde suas palavras se corporificam em imagens e cores, o deslumbrante paraíso, as moradas do Pai em plena atividade de Luz e Vida.

À nossa realidade, já estamos percebemos o destino que nos espera, quando os dois aprisco dirigido pelo Cristo vão tornar-se um só rebanho, daí levantará um Irmão, o Unigênito, o primeiro a alcançar o estado perfeito dentre todos, eis o Pastor.

Jesus, vitorioso, anuncia a sua missão, concluída. Alma Gloriosa, passará por novos e superiores desígnios Divinos, mas acompanhando e amparando todos nós, na longa jornada de tirar do Seio do Criador, as sementes sagradas para a vida junto ao Pai nosso que está nos Céus, cheio de graças e esplendores.

“Eis que o noivo chega, saí-lhes ao encontro”… destino certo, como às do Cristo Jesus.

Os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos no Reino dos Céus.