A fé cega é que produz hoje o maior número dos incrédulos, porque ela pretende impor-se, exigindo a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio. (Allan Kardec)

Ainda persistem em passar para as pessoas, como verdadeiro, as passagens de Jesus, tal como foram escritas e fazendo delas artigos de fé.

As pessoas ficam presas a essas crenças e não tem como trabalhar com a razão pois, está definido ser a verdade, sob pena de sofrer algum constrangimento, por parte de Deus e/ou por parte dos homens, caso aventurasse analisar artigos cuja interpretações, já neste milênio, se percebem que não é condizente com a personalidade de Jesus.

Em Os Quatro Evangelhos, coordenado por J-B Roustaing, os autores espirituais, desvendam os mistérios que o homem ainda, não se deu conta de que o Evangelho é Luz Pura. A letra mata e o espírito vivifica. Advertido desde então, por Jesus, por Paulo de Tarso e por muitos outros. Até aos nossos tempos muitos estudiosos e divulgadores dos Evangelhos, continuam ignorando a verdadeira natureza do Cristo e de seus ensinos.

Se atentarmos somente pela força de seus ensinos, perceberemos que, Jesus em nenhum momento demonstraria fraqueza ante a nobreza de seu caráter, antevisto há milênios; revelado pelas escrituras, sua capacidade de fundar e administrar o nosso Mundo com destreza, desde o princípio.

Por exemplo: fica difícil compreender a passagem em que Jesus fora tentado pelo demônio, levando-o a situações ridículas para que ele renuncie de sua posição, sendo ele Deus, como afirma muitos segmentos religiosos, um ser que tem todo o poder; sendo Jesus, um ser designado por Deus, nesta grandiosa tarefa, de levar este mundo, sob sua direção, até a consumação dos séculos.

O que Jesus disse, realmente, conforme revelação nesta obra, pelos Espíritos dos Evangelistas, foi um verdadeiro poema, uma carinhosa advertência sobre os perigos que a criatura humana está sujeito a falir pelo orgulho, pela vaidade, pelo egoísmo:

“Em verdade vos digo: Se o demônio vos disser: “Escuta os meus conselhos, submete-te a minha vontade e te darei todos os reinos da terra”, repeli-o. Não tendes um reino maior do que todos, o reino de Deus, vosso pai?

“Se a fome vos apertar e o demônio vos disser: Obedece-me e destas pedras farei pão para te alimentar, recusai-o com horror. O pão da terra não alimenta senão o corpo e vós deveis buscar o pão da vida, que alimenta a alma e a torna apta a entrar na vida eterna.

“Se o orgulho vos arrastar ao fastígio das grandezas e o demônio vos disser: Precipita-te no espaço que te atrai e não temas a queda, pois que serás amparado, imponde lhe silêncio e não tenteis a Deus. Recolhei-vos, medi a vossa fraqueza e a grandeza do Senhor e o demônio se afastará por algum tempo. Mas, não esqueçais que ele ronda constantemente, pronto sempre a deitar as garras à sua presa e a se aproveitar de todas as vossas fraquezas.”

Aquele povo percebeu Jesus pelos olhos da infância intelectual; entendeu Jesus pelas crenças primitivas, sempre espelhando a atuação de Jesus nas escrituras do Velho Testamento narradas pelos profetas conforme esclarecem os autores desta revelação:

Tentação e Jejum de Jesus