As línguas estrangeiras, nas escolas, estão sendo trabalhadas com esmero, aprimorando as técnicas de ensino, acelerando o aprendizado, levando o candidato a alcançar a fluência perto da perfeição, com destaque à articulação das consoantes e vogais.
Hoje se vê escolas de línguas, com a atenção toda voltada para formação do aluno com aproveitamento em todos os quesitos que exige o curso, por compreender que a matéria a ser aplicada é importada do pais de origem, tal como se deve aprender.
A pronúncia não deixa de ser uma disciplina, observada como as demais nos currículos escolares; é eliminatória para quem quer elevar seus discípulos a níveis internacionais, motivando o aluno a treinos exaustivos para ter uma boa dicção e ter uma pontuação satisfatória para se relacionarem bem socialmente, sem estar sendo notado por fortes sotaques, que é justamente o principal incômodo para os de língua materna, abalando sobremaneira a empatia que requer um bom entrosamento de ambas as partes.
A tradução de uma língua para outra se faz por completo, na íntegra, na escrita e sobretudo na falada; suprimir ou substituir um só elemento da forma original compromete toda a estrutura, pois é um indício de uma complexa reação. Comumente vemos nisso um procedimento natural, uma herança, contudo exigirá de nós esforços disciplinares.
Deixar de expressar, de traduzir certas articulações por serem estranhas, diferentes, difíceis de pronunciar, acomodando-se a um desconforto, suportável por força do hábito, sem contudo aperfeiçoar, não deixa de ser um ruído na comunicação; não alcança a integridade física e moral da língua estudada, a que ela tem de direito, e não se realizará conforme se espera, de homem para homem, nas precisas orientações do iniciador da Língua Internacional Esperanto, Luiz Lázaro Zamenhof, deixando margem a exprimirmos e sentirmos velados preconceitos.
As escolas e os professores em particular, que instruem línguas, precisam enfatizar esse lado importante na aprendizagem; enganam-se em acreditar que o próprio aluno fará o esforço de pronunciar corretamente os vocábulos, nas conversações porvindouras pós curso. Poucos têm uma forte vontade de se auto corrigirem a discrepância entre a pronúncia original.
No Esperanto, essas observações necessitam de especial atenção: ele se baseia em dezesseis regras, tão simples, que exercem a função tão somente de manter-se invariável; leva à estabilidade, evitando assim atitudes sistêmicas de considerar os sotaques “normais”.
O Esperanto é prático, de fácil entendimento, mas não podemos descuidar e deixar-nos ser levado pela ânsia de expressar o seu aprendizado em um curto período, desencadeando uma série de fatores que implica na sua singeleza e na sua inconversibilidade.
A musicalidade da língua de cada povo é a marca d’água de um autêntico tesouro que nos encanta; revela-nos simpatia, causa-nos satisfação e esperança renovadora.
Nas fulgentes manifestações de encontros que ocorrem no País Esperanto: conferências, congressos, seminários, e outras tantas, nós Esperantistas, com nossas inerentes expressões, uma variedade musical; cada qual com seu timbre, notas que compõem o Hino da Esperança em nosso Mundo; sonoridade peculiar de cada “samideano”, é destino certo: sobriedade, concórdia e paz.
¹ = Esperanto Falado.